sábado, 18 de maio de 2013

2ª série 2º bimestre - resumo para fixação da aula

O livro A História da Riqueza do Homem, de Leo Hubermann é sem dúvida um importante instrumento para quem queira entender, de maneira didática e simplificada  Aqui disponibilizo o resumo de alguns capítulos que podem estar contribuindo para a discussão que foi travada na última aula e que será a temática principal da PI. (extraído http://eduardoeginacarli.blogspot.com.br/2008/11/resumo-de-livro-leo-huberman-histria-da.html)

 CAP. 2 – Entra em cena o comerciante (p.16). - Na idade média, não necessitava do dinheiro para adquirir as coisas. Nada era comprado, pois os meios de subsistência básicos eram adquiridos no próprio feudo, o restante eram trocados. O feudo era auto-suficiente. - Por não haver comércio, a produção do excedente não era regra. - A falta de estradas e os ladrões eram um obstáculo ao comércio. Além do mais, a cada feudo que o  comerciante passava, tinha que pagar o pedágio. A moeda variava conforme a região. - O século XI viu o comércio crescer a passos largos. As cruzadas favoreceram muito o florescimento comercial. Ler p. 19-21. - No sul Veneza (elo da Europa com o Oriente) e no norte Flandes: tais cidades dominavam o comércio. - As cidades não podiam manter um comércio permanente por causa da deficiência das estradas. “Os mercados eram pequenos, negociando com os produtores locais, em sua maioria agrícola. As feiras, ao contrário, eram imensas, e negociavam mercadorias por atacado, que provinham de todos os pontos do mundo conhecido” p. 22. A feira era o centro distribuidor. As principais feiras ofereciam aos convidados salvo-conduto. “As feiras tinham, assim, importância não só por causa do comércio, mas porque aí se efetuavam transações financeiras” p. 24. - O comércio forçou o abandono da economia natural. A utilização do dinheiro foi, aos poucos, se tornando uma necessidade.
CAP. 3 – Rumo à Cidade (p.26). “Um dos efeitos mais importantes do aumento do comércio foi o crescimento das cidades” p. 26. - As cidades modelos podem ser vistas na Itália e Holanda. Surgem no cruzamento entre duas estradas, ou na embocadura de um rio, etc. No local sempre existia uma igreja e um burgo (zona fortificada). - A expansão do comércio representou melhores oportunidades de trabalho. A emigração foi inevitável. - O feudalismo representava uma prisão em vista do ar de aventura e liberdade ligado à cidade e ao comércio. “Face a face com as restrições feudais que os asfixiavam, mais uma vez se uniram em associações chamadas corporações ou ligas, a fim de conquistar para suas cidades a liberdade necessária à expansão contínua” p. 28. “O ar da cidade torna o homem livre” provérbio da época. - Da cidade a terra passou a ser olhada de forma diferenciada. A possibilidade de vender a terra e utilizar o dinheiro em comércio, aos poucos, foi se tornando inevitável. - As populações urbanas passaram a reivindicar a fundação de seus próprios tribunais. Queriam criar suas próprias leis. As cidades queriam independência. “As associações de mercadores exerciam com freqüência, um monopólio sobre o comércio por atacado das cidades” p. 33. O objetivo era fazer falir os não membros. Eliminar a concorrência. “Os preços das mercadorias deveriam ser fixados pelas associações” p. 34. Os membros tinham que obedecer vários regulamentos. - O comércio acabou por suplantar a terra como fonte de riqueza. Surge a riqueza em dinheiro. CAP. 4 – Surgem novas idéias (p. 36) - Na idade média, o empréstimo não tinha a função de enriquecer aquele que empresta. Não se devia lucrar com a desventura alheia. O imaginário era dominado pelos padrões de conduta da igreja. “O tempo pertence a Deus, ninguém tem o direito de vendê-lo”. A usura era um pecado
 CAP. 5 – O camponês rompe amarras (p. 42) - Fatores que possibilitaram a libertação do camponês da terra: crescimento do comércio, introdução da economia monetária, o crescimento das cidades, etc. “Quando surgem cidades nas quais os habitantes se ocupam total ou principalmente do comercio e da indústria, passam a ter necessidade de obter do campo o suprimento de alimentos. Surge, portanto, uma divisão do trabalho entre cidade e campo” p. 42. - O comércio sempre incentiva o aumento da produção. Os senhores feudais perceberam que seria vantajoso transformar a terra em algo produtivo. Soube-se que o excedente poderia ser vendido às cidades. - O senhor passou a exigir dinheiro em vez de trabalho dos servos. O pagamento passou a ser por hectare, em vez de serviços nos domínios dos senhores feudais. O trabalho livre mostrou-se mais produtivo. - A igreja foi a pior inimiga da emancipação do camponês. Ela era a instituição mais apegada as tradições que a sustentava. - A peste negra foi outro fator importante como promotor da liberdade. Ela matou mais gente do que a primeira guerra mundial. “Com a morte de tanta gente, era evidente que maior valor seria atribuído aos serviços dos que continuavam vivos. Trabalhadores podiam pedir e receber mais pelo seu trabalho... o trabalho do camponês valia mais do que nunca” p. 49. Os camponeses se sentiram fortes para reivindicar – surgem as revoltas camponesas. “O fato de que a terra fosse assim comprada, vendida e trocada livremente, como qualquer outra mercadoria, determinou o fim do antigo mundo feudal” p. 52.
CAP. 6 – “E nenhum estrangeiro trabalhará...” (p. 53). - Antes a indústria se realizava na casa do próprio camponês. “A indústria se fazia em casa e o propósito da produção era simplesmente o de satisfazer as necessidades domésticas” p. 53. - “O açougueiro, o padeiro e o fabricante de velas foram então para a cidade e abriram uma loja, não para satisfazer suas necessidades, mas sim para atender à procura” p. 54. - Os artesãos seguiram o exemplo dos comerciantes e se uniram em corporações. O aprendiz virava mestre com o tempo. Empregador e empregado poderiam participar de uma mesma corporação, já que, entre eles, não havia privilégios quanto aos direitos. Não havia espírito de competição. As corporações criavam um espírito de fraternidade entre seus membros. Estatuto da corporação p. 56. Prevalecia o preço justo. A doutrina da usura ainda vigorava. - O desenvolvimento do mercado e a produção em grande escala provocaram uma modificação das idéias econômicas da época. “O justo preço acabou sendo substituído pelo preço de mercado” p. 61. - O objetivo das corporações eram “o monopólio de todo o trabalho do gênero na cidade” p. 57. “A noção do justo preço se enquadrava na economia do mercado pequeno, local e estável” p. 61. “O sistema de corporações tivera duas características fundamentais: a igualdade entre os senhores e a facilidade com que os trabalhadores podiam passar a mestres. Em geral, isso ocorreu até os séculos XIII e XIV, período áureo dessas instituições” p. 63. - CAUSAS do fim das corporações: a) a prosperidade de alguns mestres e de outros não criou divisões entre eles; b) houve também um distanciamento entre os jornaleiros e mestres. O aprendiz passou a chegar até jornaleiro, este dificilmente chegava a ser mestre. “Na luta para libertar a cidade de seus senhores feudais, todos os cidadãos, ricos e pobres, mercadores, mestres e trabalhadores, haviam unido forças” p. 67. - Embora tenham se libertado dos senhores feudais, logo em seguida, as cidades passaram a ser controladas pelos reis, quando do fortalecimento da monarquia.

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