domingo, 19 de outubro de 2014

Atividade 1 - 4 Bimestre - 2º série


REsponda até o dia 24/10

1. "A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos. Durante um breve período ela coincidiu com a História de um único país, a Grã-Bretanha. Assim, toda uma economia mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno desse país. [...] Houve um momento na história do mundo em que a Grã-Bretanha podia ser descrita como sua única oficina mecânica, seu único importador e exportador em grande escala, seu único transportador, seu único país imperialista e quase que seu único investidor estrangeiro; e, por esse motivo, sua única potência naval e o único país que possuía uma verdadeira política mundial. Grande parte desse monopólio devia-se simplesmente à solidão do pioneiro, soberano de tudo quanto se ocupa por causa da ausência de outros ocupantes."
E. J. Hobsbawm. Da revolução industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1983, p.9.
Ao falar da "solidão do pioneiro", o autor refere-se ao pioneirismo da Grã-Bretanha na Revolução Industrial.
a) Apresente DUAS razões que contribuíram para que a Grã-Bretanha tenha experimentado a "solidão do pioneiro" naquele processo.
b) Identifique DUAS mudanças ocorridas na sociedade inglesa no decorrer do século XIX que permitam exemplificar a afirmativa do autor de que "a Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos".



3 comentários:

  1. 1-a)a acumulação de capital, entre os séculos XVI e XVIII, por parte da burguesia e da gentry, nas atividades agrícolas, comerciais e manufatureiras; a existência de uma massa de mão-de-obra disponível, barata e farta, advinda do cercamento dos campos, para ser utilizada nas primeiras fábricas; a existência de mercados produtores de matérias-primas e de mercados consumidores para os produtos industrializados ingleses, decorrência de seu grande poderio naval e comercial que permitiu à Inglaterra formar um dos maiores impérios coloniais da época moderna; a abundância, em seu território, de jazidas de ferro e carvão, matérias-primas fundamentais para a construção das máquinas e para a produção de energia; a adoção, desde a Revolução Gloriosa, pelo Estado inglês, de uma política econômica que representava os interesses da burguesia.

    b) a crescente urbanização, visto que a concentração das indústrias, a aglomeração de um grande número de trabalhadores em um mesmo lugar e o aumento de atividades no setor terciário provocaram o surgimento e o extraordinário crescimento de cidades como Manchester, Liverpool, Bristol e principalmente Londres; o aumento demográfico, devido em parte às modificações nas técnicas agrícolas que possibilitaram o aumento da oferta de alimentos; o desenvolvimento da produção em massa, decorrência da introdução da máquina no processo produtivo, do rápido aprimoramento tecnológico e da maior divisão do trabalho; a adoção de políticas econômicas liberais e industriais que, fundamentadas nas concepções teóricas do "laissez-faire", subordinavam a economia a leis naturais, condenando as práticas mercantilistas e as sobrevivências feudais, defendendo a propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, a livre-concorrência, a liberdade econômica para produzir, vender, investir, fazer circular as riquezas produzidas, comprar e fixar salário, a não-intervenção do Estado nas atividades econômicas e a afirmação de sua função apenas como mantenedor da ordem necessária ao funcionamento das leis do mercado; a configuração de dois grupos sociais básicos na sociedade: a burguesia - proprietária dos meios de produção - e o operariado - que vende sua força de trabalho em troca de um salário; as péssimas condições de trabalho e de vida existentes naquela época: a miséria dos bairros operários, a sujeira, a poluição, a falta de saneamento e de espaço, a exploração do trabalho de mulheres e crianças, as longas jornadas de trabalho, os baixos salários, o desemprego e a falta de uma legislação trabalhista; o início de movimentos de reação dos trabalhadores, como o Ludismo (destruição de máquinas, identificadas como as responsáveis pela sua situação de miséria) e o Cartismo (o envio ao Parlamento inglês da "Carta do Povo", onde se exigia o sufrágio universal masculino, o voto secreto, a remuneração dos parlamentares, uma representação mais igualitária nas eleições, entre outros itens); o início da organização do movimento operário com o surgimento das trade-unions (associações de trabalhadores, com objetivos inicialmente assistenciais, das quais se originariam os sindicatos); o surgimento de novas teorias sociais, como o Socialismo e o Anarquismo.

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  2. a) Acumulação de capital por causa do Tratado de Versalhes que Portugal junto a Inglaterra assinou para comprar os tecidos ingleses e a grande oferta de mão-de-obra na Grã-Bretanha.
    b) A evolução da cidade onde os trabalhadores iam para as cidades morar em vilas operárias e o surgimento do proletariado e com ele o surgimento das revoltas populares como o Ludismo e o Cartismo.

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  3. A)Grande quantidade de jazidas de ferro e carvão que são matérias-primas fundamentais para a construção das máquinas e a existência de mercados produtores de matérias-primas e de mercados consumidores para os produtos industrializados ingleses.

    B)O desenvolvimento da produção em massa, decorrência da introdução da máquina no processo produtivo e o aumento de atividades no setor terciário provocaram o surgimento e o extraordinário crescimento de cidades como Manchester, Liverpool, Bristol e principalmente Londres

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