domingo, 15 de junho de 2014

3ª série - sociologia

Postem os comentários do trabalho de pesquisa de vocês até dia 16/06

21 comentários:

  1. beatriz

    A guerra dos Canudos foi um conflito que durou de 7 de novembro de 1896 à 6 de outubro de 1897. Um conflito causado pela rebeldia de um grupo de sertanejos liderados por Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro (1828 - 1897),era um líder religioso que propagava uma mistura de doutrina cristã e religião popular.Esse grupo se estabeleceu no território de Canudos,vivendo de um jeito muito pobre. Esses sertanejos então se negaram a pagar os impostos cobrados pelo governo. O que provocou o início de uma guerra ,tropas do governo da Bahia com o apoio das tropas federais foram mandadas ao povoado de Canudos para acabar com a rebelião.Mas não foi tão fácil,homens pegaram em armas e resistiram duramente ao poder dos militares.Apenas na quarta tentativa as tropas conseguiram derrotar o movimento e matar Antônio Conselheiro,de forma cruel nem crianças,mulheres ou idosos tiveram a vida poupada. Dando fim assim ,a Guerra de Canudos.

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  2. Denner Rafael n°6 e Matheus Pinheiro n°13

    A GUERRA DO CONTESTADO...
    Conflito que surgiu entre 1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina. Disputa entre os estados por uma área de limite rica em erva-mate e madeira doada pelo governo brasileiro às empresas que lá operavam – a Brazil Railway, responsável pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira. A Brazil Railway obteve do governo, como forma de remuneração pelos serviços prestados, o equivalente a 15 mil metros de terras, uma em cada margem da estrada de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros. Porém, o que a Brazil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da floresta nativa ali existente, que ostentava sua erva-mate, seus pinheiros e imbuias. As empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na exploração de madeira. Deram início então à retirada forçada dos nativos, que ocupavam ilegalmente um pedaço de terra, na qual trabalhavam para que se tornasse fértil.
    Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica sócio-política. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus –, figuras muito respeitadas por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria, une-se aos sertanejos revoltados, institui vários povoados com autoridade própria e igualdade social, ignorando a partir de então qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade da República Velha. Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica, sendo conhecido também como Guerra Santa. José Maria era estimado pelos seus seguidores - pessoas socialmente desprovidas de tudo - como uma alma boa que surgira para restabelecer a saúde dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica, para melhorar a assistência de quem o procurasse.
    O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse. No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil.


    Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, esgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.


    CONSEQUÊNCIAS...
    Porém, após o prolongamento da batalha, os sertanejos não suportaram lutar por muito tempo contra as fileiras bem organizadas e os armamentos das tropas do governo.
    A Guerra do Contestado acabou com a capitulação dos revoltosos e muitas mortes, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.
    Em 20 de outubro de 1916 foi assinado o Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro, porém, no mesmo ano, ocorreram manifestações nos municípios do Contestado-Paranaense contra o acordo. Em 1917 houve a homologação final do Acordo de Limites, assim foram instalados os municípios de Mafra, Cruzeiro, Chapecó e de Porto União.

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  3. REVOLUÇÃO TENENTISTA
    O Movimento Tenentista foi uma revolta política-militar, protagonizada pelos jovens oficiais de baixa e média patente do Exército brasileiro, no início da década 20.
    Descontentes com a situação política do Brasil, queriam reformas no país, entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto e a realização do voto secreto e a reforma na educação pública.
    Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana em 1922; a Revolução de 1924; a Comuna de Manaus de 1924 e a Coluna Prestes.
    O movimento tenentista não conseguiu produzir resultados imediatos na estrutura política do país, já que nenhuma de suas tentativas teve sucesso, mas conseguiu manter viva a revolta contra o poder das oligarquias, representada na Política do café com leite. No entanto, o tenentismo preparou o caminho para a Revolução de 1930, que alterou definitivamente as estruturas de poder no país.

     REVOLTA DOS 18 DO FORTE DE COPACABANA
    A Revolta do Forte de Copacabana, também conhecida como Revolta dos dezoito do Forte, foi a primeira do Movimento Tenentista durante a República Velha. O levante ocorrido em julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, capital federal na ocasião, teve como motivação buscar a queda da República Velha, cujas características oligárquicas atreladas ao latifúndio e ao poderio dos fazendeiros, se opunham ao ideal democrático vislumbrado por setores das forças armadas, em especial de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados.
    1. CAUSAS
    - Descontentamento dos tenentes com o monopólio político do poder no Brasil por parte das oligarquias (principalmente ricos fazendeiros) de Minas Gerais e São Paulo.
    - Derrota do candidato fluminense Nilo Peçanha (apoiado pela maioria dos militares do Rio de Janeiro) para Arthur Bernardes (apoiado pela oligarquia de São Paulo).
    - Prisão do Marechal Hermes da Fonseca, ex-presidente do Brasil e presidente do Clube Militar. A prisão de Hermes da Fonseca foi solicitada pelo presidente da República Epitácio Pessoa (também representante das oligarquias), pois o Marechal havia criticado o processo eleitoral que deu a vitória a Arthur Bernardes.
    - Descontentamento dos tenentistas com as fraudes eleitorais que ocorriam no Brasil na época da República Velha.
    - Fechamento do Clube Militar.
    2. DESENVOLVIMENTO
    O descontentamento entre os militares era crescente. Diversas unidades do Rio de Janeiro se organizaram para realizar um levante no dia 5 de julho de 1922 contra o presidente em exercício Epitácio Pessoa (mais um representante da oligarquia que dominava o país) e Arthur Bernardes que assumiria o cargo em novembro.
    Porém, somente o Forte de Copacabana e a Escola Militar se levantaram no dia 5 de julho de 1922. O forte foi bombardeado e a rendição dos rebeldes foi exigida. O tenente Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram armas e marcharam pelas ruas em direção ao Palácio do Catete (sede do governo federal na época). Durante a marcha alguns militares desistiram, ficando apenas 17 que receberam o apoio na rua de um civil, totalizando 18. Os rebeldes foram cercados pela tropa do Governo Federal. Após forte tiroteio em frente ao posto 3 da praia de Copacabana, somente Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram e foram presos. Os outros dezesseis integrantes do movimento foram mortos no combate.
    3. CONSEQUÊNCIAS
    Embora não tenham conseguido atingir seus objetivos, os rebeldes da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana conseguiu estabelecer um importante marco na luta contra o domínio das oligarquias no poder. Esta revolta inspirou outros movimentos tenentistas no país como, por exemplo, a Coluna Prestes e a Revolta Paulista de 1924.

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  4.  REVOLUÇÃO PAULISTA DE 1924
    Conhecida também como “Revolução Esquecida”, “Segundo 5 de Julho” ou “Revolução de Isidoro”, a Revolta Paulista de 1924 foi o maior conflito armado na cidade de São Paulo caracterizando-se por ser uma Revolta tenentista, ou seja, rebeliões praticadas por jovens oficiais que compunham o Exército Brasileiro
    1. CAUSAS
    Pode-se dizer que os revoltosos queriam “vingar” a memória dos 18 corajosos de dois anos anteriores, eram contra o sistema oligárquico, que queria reformais sociais e políticas.
    O objetivo do Exército era tirar Artur Bernardes do poder da República. E assim queriam que todo o país se mobilizasse, como foi ocorrido, por exemplo a Comuna de Manaus, pois em tempos diferentes, facilitando a repreensão.
    2. DESENVOLVIMENTO
    Os revoltosos atacaram a sede do governo do Estado de São Paulo, o Palácio dos Campos Elíseos. Mais de 300 mil pessoas saíram refugiadas, incluindo o presidente do Estado, Carlos de Campos. A ideia era que o vice-presidente do estado, Coronel Fernando Prestes de Albuquerque assumisse o poder. O Coronel alegou que só aceitaria se fosse legalmente e espontaneamente cedido por Carlos Campos.
    Sem apoio popular a Revolta enfraqueceu. O problema também é que eles não contavam com um projeto de poder específico, além de terem dificuldades em lidar com a superioridade bélica das forças do governo, que bombardeava a cidade de São Paulo. Os tenentistas viram-se obrigados a deslocar a Revolta e foram para Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, onde a Revolta sofreu a maior derrota.
    No começo de agosto de 1924, a Revolta foi encerrada e Carlos de Campos retornou a São Paulo.
    Os membros derrotados foram para o Norte do Paraná aonde se juntaram aos militares liderados por Luís Carlos Prestes.

    3. CONSEQUÊNCIAS
    Apesar de derrotados, os “revolucionários” não deixaram de influenciar outros movimentos da época. Parte das tropas rebeldes se juntaria à
    Coluna Prestes, vinda do Sul, para formar a Coluna Miguel Costa-Luis Carlos
    Prestes, que denuncia problemas sociais e políticos do Brasil.


     COLUNA PRESTES
    O movimento contou com lideranças das mais diversas correntes políticas, mas a maior parte do movimento era composta por capitães e tenentes da classe média, donde originou-se o ideal do "Soldado Cidadão". Deslocou-se pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Artur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís.
    1. CAUSAS
    - Insatisfação com a República Velha;
    - Exigência do voto secreto;
    - Defesa do ensino público;
    - Obrigatoriedade do ensino primário para toda a população.
    2. DESENVOLVIMENTO
    Em sua marcha pelo Brasil, os integrantes da Coluna Prestes denunciavam a pobreza da população e a exploração das camadas mais pobres pelos líderes políticos. Sob o comando principal de Luís Carlos Prestes (chefe de estado-maior), a Coluna Prestes enfrentou as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais de vários estados, além de tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia.
    Partindo do município de Santo Ângelo, que hoje abriga o Memorial da Coluna Prestes, o movimento percorreu vinte e cinco mil quilômetros pelo interior do Brasil durante dois anos e meio. Apesar dos esforços, a Coluna Prestes não conseguiu a adesão da população. A longa marcha foi concluída em fevereiro de 1927, na Bolívia, perto de nossa fronteira, sem cumprir seu objetivo, disseminar a revolução no Brasil.
    3. DESENVOLVIMENTO
    Embora não tenha conseguido derrubar o governo, a Coluna Prestes foi um movimento que enfraqueceu politicamente a República Velha, abrindo caminho para a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder.

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  5. Victoria Coriolano n°17

    CANGAÇO
    O Cangaço foi uma luta revolucionária, em que os homens do grupo vagavam pelas cidades em busca de justiça e vingança pela falta de emprego, alimento e cidadania causando o desordenamento da rotina dos camponeses. Pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços caracterizados para os latifundiários; os "satisfatórios", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros dependentes, com características de banditismo. Entre meados do século XIX e início do século XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, aterrorizado por grupos de homens que espalhavam o terror por onde andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo das mulheres poderosas. Esse movimento está diretamente relacionado à disputa da terra, coronelismo, vingança, revolta à situação de miséria no Nordeste e descaso do poder público. Os cangaceiros aterrorizavam as cidades, realizando roubos, extorquindo dinheiro da população, seqüestrando figuras importantes, além de saquear fazendas. Com o fortalecimento do cangaço, as polícias estaduais não conseguiram inibir as ações dos cangaceiros, que eram temidos pela violência e crueldade durante os ataques, sendo necessária a participação da polícia federal. Esse comportamento despertou o respeito e a admiração a vários integrantes do movimento, que eram considerados heróis por parte da população em razão da bravura e audácia. Contudo, vários sertanejos temiam os cangaceiros, demonstrando total oposição aos “bandidos”. Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, foi o cangaceiro de maior destaque. Sua atuação no cangaço foi motivada pela situação econômica, perda da propriedade da família, além do assassinato do pai. Os cangaceiros foram perseguidos pela polícia volante e exterminados um a um

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  6. Victoria Coriolano n°17
    MOVIMENTOS MESSIÂNICOS
    Considera-se como movimento messiânico, aquele que é comandado por um líder espiritual, um "messias", que a partir de suas pregações religiosas passa a arregimentar um grande número de fiéis, numa nova forma de organização popular, que foge as regras tradicionais e por isso é vista como uma ameaça a ordem constituída.Esses movimentos tiveram importância em diversas regiões do país; no interior da Bahia, liderado pelo Conselheiro, em Juazeiro do Ceará, liderado pelo Padre Cícero, no interior de Santa Catarina e Paraná, liderado pelo beato João Maria e novamente no Ceará, sob comando do beato José Lourenço; somente foi possível devido a algumas condições objetivas como a concentração fundiária, a miséria dos camponeses e a prática do coronelismo, e por condições subjetivas como a forte religiosidade popular e a ignorância. Os grandes grupos sociais que acreditaram nos messias e os seguiram, procuravam satisfazer suas necessidades espirituais e ao mesmo tempo materiais.
    A Guerra que tomou conta do Ceará entre dezembro de 1913 e março do ano seguinte refletiu a situação da política interna do país, caracterizada pela disputa das oligarquias pelo poder. A vida política brasileira era marcada pelo predomínio de poucas famílias no comando dos estados; as oligarquias utilizavam-se da prática do coronelismo para manter o poder político e econômico. No início de 1912, a "Política de Salvações" do presidente Hermes da Fonseca atingiu o Ceará. A prática intervencionista acompanhada de um discurso moralizador serviu para derrubar a governador Nogueira Acciolly, representante das oligarquias tradicionais do estado, em especial da região do Cariri, no poder a quase 25 anos.
    Em abril do mesmo ano, foi eleito o coronel Franco Rabelo como novo governador do Ceará, representando os grupos intervencionistas e os interesses dos comerciantes. Rabelo procurou diminuir a interferência do governo federal no estado e demitiu o prefeito de Juazeiro do Norte, o Padre Cícero.
    O conflito envolveu, de um lado, o novo governador eleito, Franco Rabelo e as tropas legalistas, e de outro as tropas de jagunços comandadas por Floro Bartolomeu, apoiadas pelo padre Cícero e pelos coronéis da região do Cariri, contando ainda com o apoio do senador Pinheiro Machado (RS), desde a capital.
    O movimento armado iniciou-se em 9 de dezembro de 1913, quando os jagunços invadiram o quartel da força pública e tomaram as armas. Nos dias que se seguiram à população da cidade organizou-se e armou-se, construindo uma grande vala ao redor da cidade, como forma de evitar uma possível invasão.

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  7. Vou mandar a continuação do movimento messiânico, pq não coube. Victoria Coriolano n°17

    A reação do governo federal demorou alguns dias, com o deslocamento de tropas da capital, que se somariam aos soldados legalistas no Crato. Apesar de estarem em maior número e melhor armados, não conheciam a região e nem as posições dos jagunços e por isso a primeira investida em direção a Juazeiro foi um grande fracasso, responsável por abater os ânimos dos soldados. Os reforços demoraram a chega e as condições do tempo dificultaram as ações para um segundo ataque, realizado somente em 22 de janeiro e que não teve melhor sorte do que o anterior. Com novo fracasso, parte das tropas se retirou da região, possibilitando que os jagunços e remeiros invadissem e saqueassem as cidades da região, a começar pelo Crato, completamente desguarnecida. Os saques tinham por objetivo obter armas e alimentos e foram caracterizados por grande violência.
    A última investida legalista ocorreu em fevereiro sob o comando de José da Penha, que acabou morto em combate. A partir de então, Floro Bartolomeu começa a organizar uma grande tropa de jagunços com o objetivo de ocupar a capital Fortaleza. Durante os primeiros dias de março, os jagunços ocuparam diversas cidades e as estradas do interior e se aproximavam da capital, forçando Franco Rabelo à renúncia no dia 14 de março.
    Dessa maneira terminava a Política das Salvações e a família Acciolly retomava o poder. Floro Bartolomeu foi eleito deputado estadual e posteriormente deputado federal. A influência política do Padre Cícero manteve-se forte até o final da República Velha.


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  8. Rio de Janeiro, capital federal, ano de 1904. O povo revoltado,bondes são depredados e incendiados. Lojas saqueadas. O episódio fica conhecido como a Revolta da Vacina.O Rio de Janeiro é uma cidade com ruelas estreitas, sujas. Cheia de cortiços onde se amontoa a população pobre. A falta de saneamento básico e as condições de higiene fazem da cidade um foco de epidemias, principalmente Febre Amarela, Varíola e Peste.Em 1895, ao atracar no Rio de Janeiro, o navio italiano Lombardia perdeu 234 de seus 337 tripulantes, mortos por Febre Amarela.1902. Rodrigues Alves assume a presidência do Brasil com o programa de sanear e reformar o Rio de Janeiro, nos moldes das cidades européias. Os motivos são manter o turismo e atrair investidores estrangeiros. Mais de seiscentos cortiços são derrubados no centro da cidade para a construção de avenidas. Populações de bairros inteiros, sem ter para onde ir, são desalojadas à força e se refugiam nos morros. As favelas começam a se expandir.O médico sanitarista Oswaldo Cruz é encarregado de combater as epidemias.
    Para atacar a Febre Amarela, Oswaldo Cruz segue uma teoria de médicos cubanos, que aponta um tipo de mosquito como o seu transmissor.Para acabar com a peste, transmitida pela pulga do rato, um esquadrão de 50 homens percorre a cidade espalhando raticidas e removendo lixo. Um novo cargo público é criado: o dos compradores de ratos, que saem pelas ruas pagando trezentos réis por rato capturado.Brigadas de Mata-Mosquitos desinfetam ruas e casas. A população acha uma maluquice responsabilizar um mosquito pela Febre Amarela.Quase toda a imprensa fica contra Oswaldo Cruz e ridiculariza sua campanha. Mas foi a Varíola que pôs a cidade em pé de guerra.Apoiadas em uma lei federal, as Brigadas Sanitárias entravam nas casas e vacinavam pessoas à força. Setores de oposição ao governo gritavam contra as medidas autoritárias de Oswaldo Cruz.Em novembro de 1904, explode a revolta. Por mais de uma semana as ruas do Rio de Janeiro vivem uma guerra civil. A Escola Militar de Praia Vermelha, comandada por altos escalões do Exército, alia-se aos revoltosos. Militares insatisfeitos com o presidente Rodrigues Alves armam um golpe de Estado.O governo reage. Tropas leais atacam os revoltosos. No centro da cidade, pelotões disparam contra a multidão. O número de mortos da Revolta da Vacina é desconhecido. O de feridos ultrapassa cem. Mais de mil pessoas são presas e deportadas para o Acre.
    As medidas sanitárias continuam. Em 1903, 469 pessoas morrem de Febre Amarela. No ano seguinte, este número cai para 39.Em 1904, a Varíola havia matado cerca de 3.500 pessoas. Dois anos depois, esta doença faz apenas 9 vítimas. A cidade fica livre das epidemias. Mas começa a sofrer com a proliferação das favelas.

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  9. O Cangaço foi um fenômeno nordestino integrado por nômades que usavam violência para cometer crimes na região.
    O termo Cangaço é proveniente de canga, uma peça de madeira utilizada em pescoços de boi para transporte. Como os chamados cangaceiros tinham que carregar todos seus pertences junto ao corpo, deu-se o nome a partir da associação. O primeiro homem a ter agido como cangaceiro teria sido José Gomes ou Cabeleira, como era chamado. Diz-se que ele aterrorizava a região de Recife na segunda metade do século XVIII. Mas o movimento só ganhou corpo mesmo no final do século XIX. Nesta época, o nordeste passava por momentos difíceis e homens criminosos espalhavam o terror com suas vidas nômades. Já o primeiro grupo propriamente dito foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, chamado de Jesuíno Brilhante, que também praticou seus atos criminosos na segunda metade do século XVIII.
    As origens do movimento estão nas próprias questões sociais e fundiárias do Nordeste. Para enfrentar tal panorama, homens isolados ou em bandos assaltavam fazendas, sequestravam e matavam coronéis e saqueavam o que podiam. Os cangaceiros, em geral, viviam cometendo crimes, fugindo e se escondendo. Mas havia três grupos no Cangaço. Um deles prestava serviço aos próprios latifundiários, logo, não eram tão fugitivos assim. Havia um segundo grupo que representava mais ainda os poderes locais dos fazendeiros, tanto que eram conhecidos como “políticos”. Estes, consequentemente, gozavam até de certa proteção. Somente um terceiro grupo que era independente e que praticava uma vida bandida por conta própria. Todos eles, contudo, conheciam bem a natureza do cerrado brasileiro e, por isso, tinham ampla vantagem na hora de fugir das autoridades. Era da natureza também que tiravam todos os recursos para enfrentar as adversidades.
    O cangaceiro mais famoso da história, sem dúvidas, foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Sua importância para o movimento é tamanha que, por vezes, é chamado de Senhor do Sertão ou Rei do Cangaço. Suas ações são bem mais recentes, junto com seu grupo, atuou nas décadas de 1920 e 1930 em quase todo o nordeste do país. Lampião tinha uma personalidade dúbia. Para as autoridades era um criminoso brutal que precisava ser eliminado. Para a população da região era o símbolo de bravura e de honra.
    O Cangaço permaneceu vivo por tanto tempo na história do Brasil porque os próprios latifundiários desejavam. Eles o mantinham ativo, pois era alternativa para cobrança de dívida e uma possibilidade para formar os exércitos mercenários em caso de disputas de famílias. O fenômeno só foi atacado definitivamente por ação do Estado no governo de Getúlio Vargas. Este determinou que qualquer foco de desordem no território deveria ser eliminado e empreendeu uma caçada por Lampião, símbolo do Cangaço. Todos os cangaceiros que não se rendiam eram mortos pelo governo, o que aconteceu com Virgulino no dia 28 de julho de 1938. Vários cangaceiros foram degolados e suas cabeças foram conservadas para exposição no nordeste, como forma de demonstração do que aconteceria com os não cumpridores da ordem.
    Depois do fim de Lampião, chefes de outros bandos se entregaram. O último grupo famoso foi o de Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido como Corisco, que chegou ao fim no dia 25 de maio de 1940 com a morte de seu líder.

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  10. O Messianismo implica na vinda ou no retorno de um ser divino enviado por uma Divindade, que virá libertar a Humanidade. O termo ‘messias’ vem do hebraico mashiah e do grego christós. Ele é uma entidade com poderes e tarefas que deve mobilizar a favor de um grupo ou de um povo subjugado. Em um sentido mais amplo, usa-se também esta expressão referindo-se a alguém investido de uma missão sagrada, nem sempre com a conotação devida.
    Observa-se ao longo da história e na literatura universal a presença constante de um certo messianismo, como no Sebastianismo em Portugal, com ecos no Brasil, que influenciou movimentos como o de Canudos e do Contestado, o Ciclo do Rei Artur na Bretanha e de uma forma menos evidente na “Mensagem”, de Fernando Pessoa. Fenômenos como a revolta sertaneja liderada por Antonio Conselheiro em Canudos, com aspectos claramente messiânicos, ocorrem em momentos de crise política, quando o povo fica a mercê de suas próprias crenças e esperanças. Então emerge o arquétipo do ‘messias’, o aguardado salvador, que vem socorrer o Homem justamente nos períodos de desespero e dor, quando o mundo, ou pelo menos o micro-universo de um povo é abalado de tal forma que parece se aproximar do Juízo Final. Este Messias vem derrotar as forças do Mal, e traz consigo a Perfeição e o Paraíso na Terra. Ele pode ser um líder religioso, político e social, se estiver impregnado das características necessárias, tais como poderes mágicos, carisma e uma autoridade natural.
    Weber refere-se ao carisma como um “dom da graça”, aproximando-se assim de uma definição cristã. Segundo ele, os carismáticos são os que possuem características sobrenaturais – um líder, um orador, um comandante com poderes que transcendem os dos mortais comuns, e que assim reúnem à sua volta amplas camadas de seguidores. Alguns exemplos destes líderes: Profetas da Bíblia, Maomé, Lênin, Gandhi, Stalin, Mussolini, Antônio Conselheiro e outros. Como se percebe, não são utilizados aqui critérios éticos ou morais.
    O conceito de um Messias foi mencionado a primeira vez pelo profeta Isaías, embora entre os discípulos de Zoroastro, na Pérsia, já se encontrasse esta idéia. Passagens do Apocalipse também narram a volta de Jesus, que vem resgatar seu povo oprimido, na forma de um guerreiro acompanhado de uma legião de santos. No Brasil, o messianismo está presente nos Movimentos de Canudos e do Contestado. Este ocorreu em 1912, entre Santa Catarina e Paraná, com a liderança de monges que defendiam o retorno do Império. Assim como em Canudos, este movimento também foi abortado, com a comunidade arrasada pelo exército brasileiro em 1916. Estas mobilizações sócio-espirituais também estão marcadas pelo Sebastianismo – movimento que surgiu com a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578; sem herdeiros, o trono vai para o rei Filipe II, da linhagem espanhola. Este messianismo português advém do inconformismo do povo luso com o contexto político de Portugal, sob o jugo de forças estrangeiras, que assim acredita no retorno do rei como solução para seus problemas.
    Quando se forma em torno do novo eleito um grupo de seguidores, estes passam a considerar os responsáveis pelo poder como o Anticristo que os perseguirá implacavelmente. Então eles encontram um refúgio e se preparam para lutar contra o Mal. Estas são as principais características do Messianismo. Ele está presente em todas as épocas, mas é preciso haver uma sintonia com o contexto de um povo ou de uma comunidade para que a mensagem messiânica ecoe e se transforme efetivamente em um movimento organizado.

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  11. Semana de Arte Moderna

    A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
    Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald de Andrade na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita Malfatti na pintura.
    O movimento modernista eclodiu em um contexto repleto de agitações políticas, sociais, econômicas e culturais. Em meio a este redemoinho histórico surgiram as vanguardas artísticas e linguagens liberadas de regras e de disciplinas. A Semana, como toda inovação, não foi bem acolhida pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou esforços para destruir suas idéias, em plena vigência da República Velha, encabeçada por oligarcas do café e da política conservadora que então dominava o cenário brasileiro. A elite, habituada aos modelos estéticos europeus mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e afrontada em suas preferências artísticas.

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  12. Causas:
    insatisfação com punições físicas;
    insatisfação com alimentação;
    reivindicavam melhores salários;
    isolamento em celas como consequência de uma punição;
    O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta
    O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso

    Consequência e Desenvolvimento Politico:
    O presidente da época, Hermes da Fonseca, se viu na necessidade de aceitar as reivindicações dos manifestantes, e deu sua palavra em relação a realização das exigências do movimento. Os marinheiros a favor do movimento acreditaram na palavra do governante e entregaram suas armas e a embarcação, porém Hermes não cumpriu o trato e baniu alguns marinheiros que fazia parte do motim. Não satisfeitos, os marinheiros almejando por mudanças provocaram um novo levante na Ilha das Cobras, porém fora severamente encoberto pelas tropas do governo, resultado em muitas mortes e o restante banidos da Marinha.

    A Revolta da Chibata é um acontecimento de grande importância na história nacional que pode ser analisado e discutido sob diferentes ângulos. Tanto inserida no movimento mais amplo da evolução política nacional, quanto por seu significado histórico, ou ainda por sua grande importância para o movimento de luta dos negros em particular. Falar da Revolta da Chibata é falar também de seu líder, o marinheiro João Cândido, cuja história é indissociável da história do levante.

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  13. Revolva do forte de Copacabana
    Leonardo nº: 12

    A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi uma revolta tenentista ocorrida na cidade do Rio de Janeiro (capital do Brasil na época) em 5 de julho de 1922. Foi a primeira revolta tenentista da República Velha. Teve a participação de 17 militares e um civil.

    Causas

    - Descontentamento dos tenentes com o monopólio político do poder no Brasil por parte das oligarquias (principalmente ricos fazendeiros) de Minas Gerais e São Paulo.

    - Derrota do candidato fluminense Nilo Peçanha (apoiado pela maioria dos militares do Rio de Janeiro) para Arthur Bernardes (apoiado pela oligarquia de São Paulo).

    - Prisão do Marechal Hermes da Fonseca, ex-presidente do Brasil e presidente do Clube Militar. A prisão de Hermes da Fonseca foi solicitada pelo presidente da República Epitácio Pessoa (também representante das oligarquias), pois o Marechal havia criticado o processo eleitoral que deu a vitória a Arthur Bernardes.

    - Descontentamento dos tenentistas com as fraudes eleitorais que ocorriam no Brasil na época da República Velha.

    - Fechamento do Clube Militar.

    Objetivos

    - Queriam o fim da República Velha e do domínio das oligarquias no poder.

    - Os militares, principalmente de baixa patente, defendiam um sistema político democrático para o Brasil.

    - Sistema eleitoral justo, ou seja, sem fraudes (compra de votos, falsificações e uso da violência nas eleições).

    Como foi o movimento (acontecimentos)

    Embora o movimento tivesse sido planejado em várias unidades militares, somente o Forte de Copacabana e a Escola Militar se levantaram no dia 5 de julho de 1922. O forte foi bombardeado e a rendição dos rebeldes foi exigida. O tenente Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram armas e marcharam pelas ruas em direção ao Palácio do Catete (sede do governo federal na época). Durante a marcha alguns militares desistiram, ficando apenas 17 que receberam o apoio na rua de um civil, totalizando 18. Os rebeldes foram cercados pela tropa do Governo Federal. Após forte tiroteio em frente ao posto 3 da praia de Copacabana, somente Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram e foram presos. Os outros dezesseis integrantes do movimento foram mortos no combate.

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  14. Numero: 18
    *Guerra de canudos...
    *Dados da Guerra de Canudos
    Período: de novembro de 1896 a outubro de 1897.
    Local: interior do sertão da Bahia
    Envolvidos: de um lado os habitantes do Arraial de Canudos, liderados pelo beato Antônio Conselheiro,do outro lado as tropas do governo da Bahia com apoio de militares enviados pelo governo federal.
    *Causas da Guerra
    O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordavam com o fato dos habitantes de canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia.
    Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil, ele afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenças e injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano, como ele funcionava no período.
    *Os conflitos militares
    Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de canudos nenhuma foi bem sucedida, os sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares. Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais, militares de várias regiões do Brasil, usando armas pesadas, foram enviados para o sertão baiano. Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma brutal e até injusta, crianças, mulheres e idosos foram mortos sem piedade! Depois disso tudo acontecer Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.

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  15. REVOLTA DA VACINA

    A cidade do Rio de Janeiro era a capital do Brasil no início do século XX. Estava crescendo desordenadamente. Sem planejamento, as favelas e cortiços predominavam na paisagem, sendo a coleta de lixo e o esgoto muito pouco. Em decorrência disto, dezenas de doenças se proliferavam na população, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubônica, Varíola, entre outras enfermidades.
    Vendo a situação piorar cada dia mais, o então presidente Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no centro do Rio, implementando projetos de saneamento básico e urbanização. Ele designa Oswaldo Cruz, biólogo e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, que juntamente com o prefeito Pereira Passos, começa a reforma.
    A reforma incluía a demolição das favelas e cortiços, expulsando seus moradores para as periferias, a criação das Brigadas Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionários do serviço sanitário e policiais que invadiam as casas, matando os insetos encontrados, etc. Essas medidas tomadas causaram revoltas na população, e com a aprovação da Campanha da Vacinação Obrigatória, que obrigava as pessoas a ser vacinada (os funcionários responsáveis pelo serviço tinham que vacinar as pessoas mesmo que elas não quisessem), a situação piorou. A população começou a fazer ataques à cidade, destruir bondes, prédios, trens, lojas, bases policiais, etc. Esse episódio da história brasileira ficou conhecido então como Revolta da Vacina.
    Mais tarde, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. A revolta popular fez com que o governo suspendesse a lei, não sendo mais obrigatória. Para finalizar a rebelião, Alves coloca nas ruas o exército, polícia e marinha.
    Ao final da revolta, o governo recomeça a vacinação da população, tendo como resultado a erradicação da varíola na cidade.

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  16. reforçando um pouco mais dos movimentos messiânicos/ Victoria Coriolano m°17
    Na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, em torno da pessoa do Padre Cícero Romão Batista, surge outro messias. Homem estudado, padre Cícero foi exercer seu sacerdócio em Juazeiro do Norte. Lá, ele encontrou o povo sacrificado pela longa seca de 1870 a 1880. Em 1872, quando o Padre Cícero chegou a Juazeiro, o lugar era um pequeno arraial, mas, ao falecer em 20 de julho 1934, deixara a cidade desenvolvida, a mesma tornou-se a maior cidade do interior do Estado do Ceará. O padre Cícero incentivou o aprendizado de várias profissões, e aconselhava a quem tinha terra a plantar e ensinava como plantar. Considerado o pai dos pobres, o Padre Cícero não aceitava pagamento pelas cerimônias religiosas, sinal de que abandonara os bens materiais, divergindo em geral dos seus colegas religiosos, que recebiam pagamento pelas missas celebradas. Padre Cícero preferiu viver das doações dos fiéis, andava trajado como mendigo, o que levava os seus seguidores e admiradores a admitirem que estivessem diante de um padre extraordinário. Padre Cícero, chamado carinhosamente por muitos de “Padim-Ciço”, era conselheiro e pai protetor, daí as relações de obediência e de acatamento por parte dos romeiros. Durante o flagelo das secas, como por exemplo, em 1877 e 1879, o Padre Cícero instalou retirantes em suas terras, fez distribuição de víveres e iniciou atividades de obras públicas para que os retirantes pudessem ganhar a vida. Para realizar e manter as atividades de proteção aos pobres, o padre Cícero solicitava apoio aos governos, o que levou as autoridades a considerá-lo um porta-voz dos flagelados. De homem bom, passou a ser tido como milagroso, ao se espalhar a notícia que na comunhão dada à beata Maria Araújo a hóstia havia se transformado em sangue, isto é, no sangue de Jesus. Com a fama dos milagres, a influência do Padre Cícero aumenta, e pessoas de todos os níveis sociais, trazidas pela fé ou por curiosidade, se dirigiram a Juazeiro em busca da proteção do famoso “Padim-Cíço”. As doações aumentaram, e a abundância passou a existir na casa do milagroso Padre. A Igreja Católica proferiu várias imposições ao Padre Cícero, como a de pregar, de ouvir confissões, e dizer missas. O Padre obedeceu a todas as imposições, mas não aceitou que o exilassem de Juazeiro, pois não consentia em abandonar as suas almas. A influência do Padre encaminhou-se também para o cenário político. Os romeiros e seus admiradores faziam questão de votar ao lado do Padrinho, na cidade de Juazeiro.

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  17. Eduu to fazendo pelo celular aki sai coisa errada desculpa aee

    GUERRA DO CONTESTADO
    Conflito que surgiu entre 1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que não possuíam terras e também padeciam com a escassez de alimentos. Subsistiam sob a opressão dos grandes fazendeiros e de duas empreendedoras americanas que operavam ali – a Brasil Railway, responsável pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira.
    A Brasil Railway obteve do governo, como forma de remuneração pelos serviços prestados, o equivalente a 15 mil metros de terras, uma em cada margem da estrada de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros. Porém, o que a Brasil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da floresta nativa ali existente, que ostentava sua erva-mate, seus pinheiros e imbuias. As empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na exploração de madeira. Deram início então à retirada forçada dos nativos, que ocupavam ilegalment um pedaço de terra, na qual trabalhavam para que se tornasse fértil.
    Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica sócio-política. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus , figuras muito respeitadas por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria une-se aos sertanejos revoltados, institui vários povoados com autoridade própria e igualdade social, ignorando a partir de então qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade da República Velha. Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica, sendo conhecido também como Guerra Santa. José Maria era estimado pelos seus seguidores - pessoas socialmente desprovidas de tudo - como uma alma boa que surgira para restabelecer a saúde dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica, para melhorar a assistência de quem o procurasse.
    O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse. No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.
    A Guerra do Contestado acabou com a capitulação dos revoltosos e muitas mortes, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.

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  18. Nicoly Lizar nº14

    Revolta da Chibata

    A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910. Neste período, os marinheiros brasileiros tinham uma dura rotina de trabalho, recebiam salários muito baixos e se não cumprissem as ordens eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas. Esta situação gerou uma intensa revolta entre eles. Principalmente entre os negros que mesmo depois da abolição ainda era tratados de maneira inferior do que os outros. Em 1910, sob o comando de um marujo negro e analfabeto chamado João Candido ( que ficou popularmente conhecido como Almirante Negro) , os marinheiros dos couraçados Minas Gerais e São Paulo organizaram um protesto depois de um de seus companheiros Marcelino Rodrigues ter sido punido e levado 250 chibatadas. Neste, tomaram o controle das embarcações e enviaram um telegrama ao presidente exigindo que os castigos fossem abolidos, os salários incrementados e uma folga semanal concedida a todos os marinheiros. Se não tivessem seu pedido imediatamente atendido, ameaçavam bombardear a capital. Com isso o governo decidiu atender aos pedidos. Em poucos instantes, o Congresso votou uma lei em que o castigo físico era abolido e todo o envolvido na revolta não sofreriam qualquer tipo de punição. Entretanto, revelando seu poder autoritário, o governo descumpriu suas próprias determinações ao realizar a prisão de alguns dos participantes dessa primeira revolta. João Candido foi um desses presos, mas, acabou sendo inocentado pelo governo federal. Entretanto, perdeu a sua colocação na Marinha e foi internado como louco no Hospital dos Alienados. Na época, o tratamento no sanatório poderia ser tão ou mais cruel que a própria prisão. Ele foi o responsável por escrever a carta com as solicitações exigidas para o fim da revolta. Podemos considerar assim que essa revolta foi mais uma manifestação por insatisfação do modo que eram tratados e foi tratada como um ‘’caso de policia’’ não como um manifesto político.

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  19. Revolução Tenentista
    Foi um movimento social de carater político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias.
    Insatisfação por parte dos militares, inciou-se na república Velha, foi marcada por vários conflitos militares, eles cansaram da forma com que o país era governado, falta da democracia, fraudes eleitorais, concentração de poder político nas mãos da elite agrária, exploração das camadas mais pobres pelos coronéis (líderes políticos locais).
    Logo no início da década de 1920 espalharam-se pelos quartéis os ideais do movimento tenentista. Carregando a bandeira da democracia o grupo que era formado por militares de baixa patente colocava em questão as principais marcas da política do café com leite.
    Alguns tenentes pertenciam à classe média, outros vinham de famílias tradicionais. Levar em conta sua origem social é importante, mas não basta para explicar o movimento. É preciso considerar também o fato de os tenentes pertencerem ás Forças Armadas, uma instituição peculiar da sociedade, o que dava ao movimento a caracterísitca do "ideal de salavação nacional" e a possibilidade de utilização da via armada para tingir seus objetivos.
    Dentre os principais componentes do movimento, podemos citar: Luís Carlos Prestes, Joaquim e Juarez Távora, isidoro Dias Lopes, Eduardo Gomes, Siqueira Campos, João Cabanas e Miguel Costa.
    Os militares difundiam a dinamização da estrutura do poder no país, almejando que o processo eleitoral se tornasse mais democrático e permite o acesso de mais grupos ao poder, questionavam o voto de cabresto e eram favoráveis ao direito da mulher ao voto. Descontentes com a realidade política no Brasil, acreditavam que se faziam necessária uma reforma no ensino público, assim como a concessão da liberdade aos meios de comunicação, a restrição do poder executivo e a moralização dos ocupantes das cadeiras no poder legislativo.
    O Tenentismo conquistou civis que aderiram ao projeto, mas com o tempo foi ficando claro que a defesa era pela implantação de um Estado forte e centralizado, através do qual as necessidades do país poderiam ficar explícitas e resolvidas.
    Os tenentistas chegaram a promover revoltas como, por exemplo, a revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Nesta revolta, ocorrida em 5 de julho de 1922, foi durante combatido pelas forças oficiais. Outros exemplos de revoltas tenentistas foram a Revolta paulista (1924) e a Comuna de Manaus (1924). A Coluna Prestes, liderada por Luis Carlos prestes, enfrentou poucas vezes as forças oficiais. os participantes da coluna percorreram milhares de quilômetros pelo interior do Brasil, objetivando conscientizar a população contra as injustiças sociais promovidas pelo governo republicano.

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  20. Giulia Fernanda nº 10 3º ano

    A semana de arte moderna: A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, realizada entre 11 e 17 de fevereiro de 1922, pelo pintor Di Cavalcanti. O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX.
    Bom, a semana de arte moderna foi a semana em que os modernistas exporam obras de manifestações artísticas Brasileiras, e essa semana de arte moderna deu início ao movimento Modernismo e suas fases! (Futurismo, Dadaísmo, Cubismo e Surrealismo).

    Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo que a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.
    Em um período repleto de agitações, turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. Os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um estilo novo e diferente, buscando identidade própria e liberdade de expressão, que resultou uma renovação da visão social.
    Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira.

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  21. Vitoria Rissi

    Canudos era um povoado comunitário e tornou-se uma ameaça ao poder dos Coronéis e da Igreja pois a comunidade de Canudos era idependente das regras da Igreja Católica e do poder dos Coronéis, ou seja, os coronéis locais consideravam Canudos uma ameaça a seu poder, já que atraía muitos seguidores, ameaçando a forte influência que o coronelismo exercia sobre os sertanejos. Lá eles viveram uma vida religiosa e rígida, e isso era considerado pelo Estado como rebelião. Mas só depois de 4 investidas do exército que Canudos foi derrotado.

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